Ao longo dos últimos anos, o mercado de gastronomia tem crescido cada vez mais, tanto pela maior visibilidade em programas de TV e conteúdos na internet como pela própria diversificação do mercado e maior destaque do Brasil no cenário internacional. Para se ter uma ideia, de acordo com o Sebrae, o mercado de bares e restaurantes no país cresce, em média, cerca de 10% por ano.
Pensando nisso, neste artigo você vai conhecer um pouco mais sobre o cenário da gastronomia atual, além de saber quais os tipos de tendências nas quais os bares e restaurantes têm apostado e quais as oportunidades para quem deseja trabalhar neste setor. Ficou interessado? Confira!
Quais são as principais palavras que alguém pensa quando se lembra do nosso país? Além de “futebol” e “samba”, “alegria” e “hospitalidade” são sempre algumas das mais citadas — e isso acontece devido às ótimas experiências que os turistas têm ao serem recebidos nas terras tupiniquins. Afinal, somos um povo que convida para entrar. Quem nunca recebeu um convite para tomar um cafezinho com um bolo feito em uma casa no interior? Essa hospitalidade é um mar de oportunidades para o mercado de gastronomia.
Para receber bem as pessoas é preciso oferecer uma comida de qualidade. Dessa forma, hotéis, resorts, pousadas, cruzeiros e organizadores de congressos e eventos corporativos têm atentado cada vez mais à alimentação dos convidados. Essas têm sido áreas bastante promissoras para a gastronomia e, por isso, certamente merecem um cuidado especial.
Se por um lado os estrangeiros estão cada vez mais interessados em nossa comida, dentro do país, as perspectivas a médio prazo também são ótimas. Apesar do momento turbulento para todos os setores, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) estima que, em 2020, cerca de 40% do orçamento familiar dos brasileiros será destinado a comer fora de casa. Atualmente, esse número já corresponde a um terço da renda mensal da família.
Uma série de variáveis contribuem para essa mudança de hábito, desde a consolidação de direitos trabalhistas como o vale-alimentação, até a valorização dos momentos em família e a associação entre alimentar-se e fugir do estresse. Além do fato de que o setor de alimentos é, evidentemente, um dos mais fundamentais para o ser humano e um dos mais resistentes a períodos de crise e turbulência econômica.
A vida profissional na cozinha está fortemente relacionada ao prazer e a paixão de quem trabalha. Muitas vezes encarado como um mercado bastante concorrido e de difícil inserção, a qualificação profissional tradicional, por meio de cursos, é só o começo.
Quem opta por trabalhar como chef precisa estar ciente de que a prática e a convivência com outros profissionais da cadeia é que permitem um verdadeiro aperfeiçoamento da arte de se comandar uma cozinha. Se atualmente os programas de TV fazem parecer simples se tornar o próximo Jamie Oliver ou a próxima Paola Carosella, na vida real, é preciso passar por um bom período de desenvolvimento. Muitos profissionais chegam a fazer trabalhos voluntários em grandes restaurantes, mesmo depois de ter um diploma na mão.
Além disso, o ímpeto autoral de criar sua a própria cozinha e assinatura pode acabar direcionando novos chefs ao empreendedorismo, seja abrindo um estabelecimento totalmente novo ou uma franquia. O que, com certeza, não é nada ruim, desde que se tenha clareza dos fluxos financeiros, do segmento de mercado de atuação e, claro, muita energia para se dedicar inteiramente a esta nova jornada.
Com tantas pessoas de qualidade desejando empreender no segmento de bares e restaurantes, fica mais complexo conseguir se sobressair. Em 2016, por exemplo, a ABRASEL estimou que restaurantes, bares e lanchonetes representavam 16% do total das empresas brasileiras, ou seja, quase um milhão de estabelecimentos. Assim, para se diferenciar, é preciso estar atento ao que vem conquistando os clientes fiéis e despertando o interesse de novos consumidores.
A partir da análise da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, citada pelo portal Food Magazine, fica claro que, em 2017, o cliente está cada vez mais exigente e confiante de que a gastronomia merece mesmo um espaço no orçamento mensal.
Cozinhas que valorizam os pratos vegetarianos e os alimentos orgânicos, por exemplo, são segmentos de grande destaque – isso porque esses estilos de vida têm ganhado cada vez mais mais espaço e adeptos. Dessa forma, um empreendimento que realmente valoriza essas pessoas tende a receber de volta a preferência e a indicação para novos clientes.
Outra palavra chave para o mercado de gastronomia atual é a criatividade. Usar produtos tradicionais de formas inovadoras, descobrir novos produtos, investir em pratos montados pelos próprios consumidores ou, até mesmo, fazer restaurantes “temporários”/itinerantes são apostas da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.
Os restaurantes pop-ups são ideias de ambientes que não têm o mesmo custo de um restaurante fixo e possuem cardápio temático ou de curta duração, estimulando os clientes a não perderem tempo para conhecer. Já o BYOB (sigla em inglês para “Monte sua própria tigela), incentiva a criatividade dos clientes, oferecendo uma série de possibilidades de montagem ou até mesmo de rodízios de alimentos.
No segmento de bares e restaurantes, é essencial que os chefs e empreendedores saibam que não é só o que está dentro do prato que importa. Com o nível de exigência cada vez mais apurado dos clientes, e preciso levar em consideração não só os insumos gastos, mas ter uma equipe bem treinada, um atendimento cativante, um ambiente que construa a atmosfera adequada para cada cozinha, um bom local para o restaurante, entre outros fatores. Sem esquecer da qualidade e do bom uso dos produtos, é claro.
Tudo isso deve caber dentro de uma conta que não se torne absurda. O cliente precisa sentir aquele consumo não como supérfluo, mas como um necessário prazer dentro da rotina desgastante que possui. Para vencer um desafio tão complexo como esse, é importante estar atento aos detalhes e nunca menosprezar a importância de um bom planejamento, conhecimento adequado e controle sobre tudo o que se passa dentro do estabelecimento.
E então, quais são suas impressões sobre o mercado de gastronomia em 2017? Você já faz parte ou pretende se integrar a ele? Se sim, esperamos que este artigo tenha sido útil! Para continuar tendo acesso a conteúdos como esse, não deixe de nos seguir nas redes sociais. Estamos no Facebook, Twitter, Instagram e no YouTube!